sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O caminhão de melancia!

Olá, faz realmente muito tempo que não escrevo.
Confesso que a vontade e a proposta de escrever todos os dias acabaram ficando impossíveis com o passar do tempo.
Gustavo já foi...amanhã completam-se 15 dias e aqui dentro do peito um vazio do tamanho de um caminhão de melancia. Grande né?
Desde a sua ida muita coisa mudou, me sinto como se tivesse 3 casas e ao mesmo tempo nenhuma: o meu apartamento está praticamente vazio, não encontro mais a xícara de café com leite em cima da mesa de centro e o espaço que sempre quis ter dentro dos armários, não fazem mais sentindo; em Valinhos, na casa que sempre foi minha, não me encontro mais, meu armário lá já foi repleto de coisas e a cada noite que passo lá, as lembranças tomam conta de mim, é bom, tem colo de mãe, mas todo dia, não sei se faz mais sentido; e em Plano, só consigo conceber um sonho de casa, um projeto de casa, parece até aquela música: "Era uma casa, muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada!"
Estou triste e com saudade. 
Sei que pode parecer bobagem, e até mesmo ingratidão da minha parte, mas hoje se me perguntassem o que eu quero, eu diria que quero a minha vida de volta, nem que seja só por uma noite: quero meu marido aqui comigo, as certezas todas no lugar e acordar amanhã cedo sabendo qual o rumo que minha vida tomará nos próximos meses.
Não sou ingrata e nem vou desistir, louvo e agradeço a Deus pela oportunidade de crescimento espiritual, pessoal e financeiro que ele nos dá, mas como ser humano e nada de super Veri (pois é, descobri que ela não existe) tenho medo. Insegurança. 
Descobri que o maior desapego não terá de ser o de travessas, louças e de paredes, de concreto, de piso, terá de ser o de ter ao meu lado a companhia agradável dos queridos do MUR, da família buscapé que tanto me deixa doida, dos alunos que insistem em querer ser alunos! 
Como tenho percebido que esse será o capítulo mais difícil dessa nova história!
Ontem ouvi uma música que dizia assim:

"Não dá mais pra voltar, o barco está em alto mar.
Não dá nem mais pra ver

O porto que era seguro
Eu sou impulsionado a desbravar
Um novo mundo ."


Enquanto, me preparo para desbravar esse novo mundo, continuo aqui, com saudades do tamanho de um caminhão de melancias!
Continuamos nossa jornada,


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